IVVB11 vs. Investimento Direto em Dólar: Qual a Melhor Escolha Frente às Novas Taxas?
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A recente onda de novas tributações no Brasil tem gerado muitas dúvidas entre os investidores: qual a melhor estratégia para proteger e fazer crescer o seu patrimônio? Uma das comparações frequentes é entre investir no IVVB11, um ETF americano listado na bolsa brasileira, e investir diretamente em dólar na bolsa americana.
Neste artigo, vamos analisar de forma imparcial os pontos cruciais que você precisa entender para tomar uma decisão informada sobre o seu dinheiro. Contrariando algumas análises recentes, vamos apresentar uma visão abrangente, considerando as taxas de administração, o spread cambial (tanto o explícito quanto o implícito), o impacto do IOF e a questão dos dividendos.
Desmistificando a Rentabilidade:
É comum observar uma diferença na rentabilidade nominal entre o IVVB11 e o IVV (o ETF que replica o S&P 500 nos EUA). Isso ocorre porque o IVVB11, negociado em reais, reflete tanto a valorização das ações americanas quanto a variação cambial do dólar frente ao real. Portanto, em períodos de alta do dólar, o IVVB11 tende a apresentar uma rentabilidade maior em reais. No entanto, ao investir diretamente no IVV em dólar, o seu retorno estará nessa moeda, e a conversão para reais no futuro dependerá da taxa de câmbio vigente.
Taxa de Administração: Um Custo Silencioso:
Uma diferença significativa reside na taxa de administração. O IVV geralmente possui uma taxa consideravelmente menor (em torno de 0,03% ao ano) em comparação com o IVVB11 (aproximadamente 0,23% ao ano). Essa diferença, que pode parecer pequena inicialmente, pode ter um impacto considerável no longo prazo, corroendo seus retornos de forma silenciosa.
O Spread Cambial: Duas Perspectivas:
Ao investir diretamente em dólar, você inevitavelmente arcará com o spread cambial, que é a diferença entre o preço de compra e venda da moeda, cobrado pelas plataformas de câmbio. Esse custo é pago no momento da conversão dos seus reais para dólares e, possivelmente, no retorno.
Por outro lado, no IVVB11, embora você não veja essa taxa explicitamente, existe um spread cambial implícito nas operações de câmbio e swap realizadas pela gestora do fundo para adquirir os ativos em dólar. Estimativas apontam que esse custo implícito pode variar entre 0,5% e 1% ao ano, incidindo anualmente sobre o seu investimento.
IOF: A Incerteza Fiscal:
A recente elevação das alíquotas do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para algumas operações de câmbio reacendeu o debate sobre a tributação de investimentos no exterior. Embora remessas para investimento tenham mantido a alíquota anterior (pelo menos por enquanto), a possibilidade de novas mudanças regulatórias gera incerteza e pode impactar a rentabilidade do investimento direto em dólar.
Dividendos: Reinvestimento Estratégico vs. Automático:
O IVV distribui dividendos (com uma retenção de 30% de imposto de renda na fonte nos EUA), que são pagos em dólar e podem ser reinvestidos da forma que o investidor preferir, aproveitando oportunidades de mercado. Já o IVVB11 reinveste automaticamente os dividendos recebidos em novas cotas do próprio ETF. Enquanto a praticidade do reinvestimento automático pode ser vista como uma vantagem, a possibilidade de alocar os dividendos em outras classes de ativos pode ser mais interessante para alguns investidores.
Simulações no Longo Prazo:
Simulações considerando a rentabilidade histórica do IVV e diferentes cenários de IOF demonstram que, apesar do impacto inicial do spread e do IOF, o investimento direto no IVV tende a superar o IVVB11 no longo prazo, principalmente devido à menor taxa de administração e ao custo implícito do spread cambial no ETF brasileiro.
A Soberania da Decisão:
Em última análise, a escolha entre IVVB11 e o investimento direto em dólar dependerá dos seus objetivos financeiros, horizonte de investimento e tolerância ao risco e à complexidade de operar em uma conta internacional.
Quer Decifrar de Vez a Melhor Escolha entre IVVB11 e IVV?
Entender as nuances entre investir no IVVB11 e diretamente no IVV é crucial para otimizar seus investimentos internacionais. Desde a forma de acesso e tributação até a exposição cambial e o tratamento dos dividendos, cada detalhe pode impactar significativamente sua estratégia de longo prazo.
Não perca nosso próximo post! Vamos aprofundar cada uma dessas diferenças, com exemplos práticos e análises comparativas para te ajudar a tomar a decisão mais inteligente para o seu patrimônio.
Fique ligado e não deixe de acompanhar para não perder insights valiosos!
